Olá pessoal.
Essa semana que passou, anunciei a todos que meu primeiro livro foi lançado: O Centro. E em seguida, publiquei também uma estória isolada, envolvendo a personagem principal Cindy, em “Cindy – Agente do C.C.E.T: O Caso dos Besouros Assassinos!.
Planejo continuar a série lançar novos casos de tempos em tempos. O próximo já está iniciado: “O Caso do Piromaníaco” – espero concluí-lo em no máximo dois meses.
Não espero ganhar seguidores lançando livros atrás de livros, estou longe de ser um fenômeno literário 🙂
Mas quero ao menos dar opção a quem gosta de ler. Que se depare com uma obra realizada e ambientada no lugar mais próximo que nunca: Manaus – isso eu digo a quem é daqui. Afinal, não conheço obra de ficção neste estilo que tenha como pano de fundo nossa cidade.
E fugir também um pouco do estereótipo das estórias de ficção que lançam de quando em quando: espadas, dragões, reinos mágicos, criaturas fantásticas e etc. Não que eu não simpatize, PELO CONTRÁRIO, adoro ficção fantástica. Eu mesmo enveredei por este lado e já escrevi duas estórias seqüenciadas neste tema.
Mas Cindy (personagem principal do livro) veio romper até mesmo com meu próprio pensamento. Escrever ficção fantástica é ótimo, uma liberdade incrível quanto a nomes, línguas, lugares e etc. Mas encaixar cenas de ação no coração da cidade que você nasceu e cresceu é também uma sensação inigualável. Vivenciar enquanto escreve/lê é a magia do livro. Adicionado a isso o ingrediente da familiaridade: “Eu conheço esse lugar! Não acredito que isso esteja acontecendo lá!”
O Amazonas, em especial a Floresta, tem um apelo muito grande quanto à preservação de sua biodiversidade. Não exploro isso. Preservar é importante sim! Mas não é a temática que abordo ambientando as estórias aqui. Certamente poderia haver controvérsias quanto a isso, mas certamente há pessoas melhores para falar de preservação do que eu. Ambiento o livro aqui porque aqui vejo como um excepcional cenário para tais histórias.
Seria algo como dar um basta à só explodir a Casa Branca… Que tal explodir o Teatro Amazonas de vez em quando… 😀
Para puro entretenimento? Sim! Porque não? Afinal, entreter é uma das finalidades da arte. Refletir é conseqüência. Um artista quando compõe, pinta, esculpi, escreve, não está só refletindo problemas sociais, políticos, sentimentais… está em primeira instância se divertindo. Sim, pode haver um propósito final, mas se fazer arte para ele não fosse divertido, prazeroso, um entretenimento, tenho quase certeza que ele não o faria.
Por isso encaro a Cindy como uma premissa. Uma democratização do entretenimento. Toda cidade necessita de seu herói/heroína. Manhattan já está lotada demais.
Uma heroína moderna (que não destrona Ajuricaba, por exemplo, pois cada um em seu tempo ficará), tal qual às vistas nos quadrinhos. Perita, astuta, mas que também erra e sofre. Uma receita comum, mas que é cativante por ser possível, até certo ponto, claro.